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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Gestão de riscos ganha mais adeptos

O gerenciamento do risco, em momentos de retração do crescimento econômico, ganha dia a dia mais adeptos. Casos recentes como a explosão nos tanques combustíveis da Ultracargo, em Cubatão (SP), que contava com um pool de uma dúzia de seguradoras e resseguradoras, bem como obras paralisadas por uma crise sistêmica, como a do segmento de petróleo, mostram que ter um bom plano de contingência é crucial para manter a empresa no mercado mesmo diante de acidentes graves e sem danos à reputação da marca.

Diante de um mercado mais competitivo e especializado, como é o caso dos grandes riscos, há uma tendência de as seguradoras adotarem uma subscrição mais criteriosa e também de prestarem o serviço de gerenciamento de risco aos seus clientes. Isso é o que vai determinar quem fica e quem sai do mercado. Essa filosofia de perpetuação da companhia e de fidelização do cliente, que vem ao encontro com a gestão de uma cadeia sustentável, tem norteado as seguradoras especializadas em grandes e médios riscos, com ACE, Liberty Seguros, Tokio Marine, Allianz e Lloyd’s Brasil, por exemplo, que desenvolveram áreas de gerenciamento de risco à parte da diretoria de subscrição.

O gerenciamento de risco já foi um assunto delegado à área de seguros das grandes corporações, mas agora é tratado pelos conselheiros e cobrado pelos acionistas, que têm uma visão mais holística, que inclui não só o risco de incêndio ou explosão, mas também riscos como perdas que podem ocorrer por ataques cibernéticos, com as novas tecnologias, riscos políticos e, principalmente, com a cadeia de fornecedores, explica Marco Castro, CEO do Lloyd’s Brasil.

Paulo Umeki, responsável pelas diretorias de operações, subscrição e prevenção de perdas da Liberty Seguros, conta que o resultado de ofertar assistência em gerenciamento aos corretores e clientes tem dado condições à companhia de concorrer com diferenciais. “O apoio do gerenciamento de riscos dos profissionais da Liberty vai desde a telesubscrição, que são entrevistas para melhor gerir a oferta de seguros para doenças graves, como na assessoria logística para mitigar os riscos com transportes de mercadorias”.

O segmento de pequenas e médias empresas tem sido o grande beneficiário da consultoria dos técnicos especializados das seguradoras e corretoras. “Nesse segmento, o gerenciamento é precário e nossa ajuda tem feito muito sucesso”, conta Umeki. A assessoria elétrica é a que mais tem sido demandada. Muitas vezes a pequena empresa cresce e o empreendedor acaba não se dando conta de que é preciso investir nos cabos elétricos e quadros de energia para evitar que se tenha uma sobrecarga e isso gere um acidente grave.

Prestar um serviço de gerenciamento de risco é um dos principais motivos do crescimento de 37,5% da carteira de riscos patrimoniais da Tokio Marine no nicho de médias empresas, segundo o diretor Felipe Smith. “Fazemos dois relatórios de inspeção. Um mais técnico e outro com a visão do clientes, com soluções claras do que ele precisa fazer para tornar sua operação mais segura. E esse relatório está disponível no portal do corretor para ele apresentar ao cliente”, diz.

Antonio Trindade, CEO da ACE, líder do setor de grandes riscos após adquirir a carteira de grandes riscos do Itaú, diz que as técnicas de gerenciamento de riscos evoluem quando episódios como o da Ultracargo ocorrem. “Em sinistros graves, chegamos a montar equipes multidisciplinares, com o envolvimento de diferentes setores da sociedade tais como corpo de bombeiros, fabricantes dos mais diversos materiais e equipamentos e fornecedores de matérias-primas. Com base nesses estudos e na colaboração de todos esses participantes, as técnicas se tornam mais efetivas, as normas mais precisas, acidentes menos frequentes e menos severos e, por fim, o ambiente torna-se mais seguro”, afirma.

Igor Di Beo, diretor executivo de negócios corporativos da Allianz Seguros, afirma que a seguradora entende que mesmo protegido por uma apólice de seguros, um evento inesperado pode causar consequências ruins para os negócios dos segurados, como perda de participação de mercado e riscos reputacionais. “A melhor forma de prevenir que um evento inesperado ocorra é através da engenharia de prevenção de perdas”, diz.

De acordo com Neival Freitas, diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), o gerenciamento de risco aumenta as despesas administrativas das seguradoras pelo investimento em sistemas e recursos humanos. Mas, por outro lado, reduz o custo com pagamento de indenizações por mitigar o risco de acidentes nos clientes.

A Marsh avaliou a carteira de gerenciamento de risco e as empresas que já têm uma gestão consolidada conseguiram ampliar em 10% os result ados dos negócios. Segundo Roberto Zegara, executivo da corretora, menos de 30% dos riscos das empresas são seguráveis. “Para os riscos que não têm seguros as empresas buscam reduzir e diminuir a frequência de perdas com gerenciamento de risco”, diz.


Fonte: CQCS.

Empreender: opção para Corretor em época de crise

Numa visão mais simplista, podemos entender como empreendedor aquele que inicia algo novo, que vê o que ninguém vê, que realiza antes. Aquele que sai da área do sonho, do desejo e parte para a ação. Ser empreendedor significa, acima de tudo, transformar a idéia em um processo prático no qual todos ganham. Seguindo este raciocínio, o tema Empreendedorismo foi discutido durante evento realizado pela Escola Nacional de Seguros, em São Paulo.

Na ocasião o palestrante Dado Schneider, doutor em comunicação, abordou atitudes assertivas para o empreendedorismo no setor de Seguros. Para ele, o corretor precisa saber viver no século XXI com uma postura mais assertiva e produtiva. “Acreditar em si mesmo e não ter medo de errar são requisitos básicos para uma atitude empreendedora”, diz.

Além disso, ter força de vontade e ideias diferenciadas são carências que encontramos no mercado de trabalho. “Quem trabalha no mercado precisa gostar de gente e fazer isso com prazer”, diz. Ele completa ainda que o conhecimento e vivência também contribuem com um novo olhar, uma maneira diferente de criar as coisas. “É disso que precisamos cada vez mais”, finaliza.


Fonte: CQCS.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Participe da Assembleia Geral Extraordinária

Hoje, á tarde, na sede do Sincor/PA, acontece a Assembleia Geral Extraordinária, com o objetivo de eleger a junta governativa que irá gerir a entidade e cumprir a determinação judicial e o seu Estatuto Social, com o objetivo de conduzir o processo de eleição da nova diretoria no prazo máximo de 90 dias.

É importante que o associado do Sincor/PA esteja quite com suas obrigações sociais.

A primeira convocação está prevista para ás 17horas, caso não tenha quórum haverá uma segunda convocação com os presentes ás 17:30horas que dará início a pauta.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Corretor de Seguros: profissão responsabilidade



Ao contratar um Seguro, o cliente transfere os riscos existentes em determinadas situações para as seguradoras através de um contrato. A responsabilidade por esta transferência, no entanto, está materializada no Corretor de Seguros, já que tem por dever garantir a entrega do produto adquirido, que é garantir a preservação dos bens do segurado. O caráter desta relação é, principalmente, civil e profissional, de acordo com o Consultor Empresarial e Diretor do CSP-MG, Maurício Tadeu.

“Como prestador de serviços, e segundo a defesa do consumidor, o Corretor tem a obrigação de prestar amplamente informações para o cliente buscando esclarecer direitos e deveres que um contrato de seguro exige de ambas as partes”, destaca Maurício. Por isto, existem comportamentos que são fundamentais para o exercício da profissão, como o agir com transparência e buscar a excelência dos serviços prestados. Como recompensa, o Corretor tem a satisfação de ter conquistado um cliente no longo prazo.

Marcos Cheganças, da Potência Seguros, pontua que a proteção ao cliente está sempre em primeiro lugar para o bom profissional. “Acredito que a maioria dos Corretores age com responsabilidade pensa primeiro na proteção do cliente e só depois na sua remuneração”, afirma. E, como o Corretor também deve se proteger, na opinião de Marcos, deve contratar também um Seguro de Responsabilidade Civil, “uma prova real de que temos consciência de nossa responsabilidade”.

Fonte: CQCS.

Seguro contra os riscos de catástrofe

Não podemos firmar um contrato de seguros com os habitantes de Marte contra o risco de que estejamos destruindo nosso lar planetário. Mas podemos reduzir os riscos

Assim é, apesar de os líderes do G­7 dizerem apoiar a redução das emissões em 40% a 70% em 2050. E assim é, apesar de uma importante conferência mundial em Paris no fim deste ano ter por objetivo chegar a um acordo universal e juridicamente impositivo, permitindo combater eficazmente as alterações climáticas e impulsionar a transição para sociedades e economias de baixo carbono.

Por que devemos ser céticos? A resposta é que temos ouvido promessas similares ao longo de quase um quarto de século; e apesar disso só vimos aumentos nas emissões e no estoque de gases de efeito estufa na atmosfera. Mesmo que os governos cumpram seus compromissos atuais (algo, em si mesmo, improvável), as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono deverão subir para 700 partes por milhão até o fim do século, contra 280 ppm antes da revolução industrial e cerca de 400 ppm agora. Com 700 ppm, o aumento mediano esperado para a temperatura mundial é de 3,5 ° C.

Manter as emissões no caminho necessário para limitar o aumento da mediana esperada para os recomendados 2 ° C ­ e cumprir os compromissos ­ exigiria uma revolução. Climate Shock, o novo livro de Gernot Wagner, do Environmental Defense Fund, e Martin Weitzman, da Universidade Harvard, explica por que ações são ao mesmo tempo tão difíceis e tão importantes.

O desafio é quase singularmente mundial, singularmente de longo prazo, singularmente irreversível e singularmente incerto. A grande contribuição do livro é sobre este último ponto: a incerteza. A mudança climática é um problema de seguro. Não são resultados medianos que importam, mas os pontos fora da curva ­ as caudas gordas da distribuição de probabilidade das temperaturas.

À medida que crescem as concentrações de gases causadores do efeito estufa, argumentam cientistas, o mesmo acontece com as medianas esperadas para a temperatura e, crucialmente, com a probabilidade de resultados extremos. A 400 ppm, as chances de um aumento 6 ° C são quase nulas. A 550 ppm, as chances são de apenas 3%. Mas a 700 ppm, elas podem superar 10%.

Essa distribuição é, ela própria, incerta, assim como os possíveis custos econômicos. Mas, no caminho que estamos trilhando, temos uma chance significativa de transformar o mundo em algo não visto em dezenas de milhões de anos, com consequências incertas, mas potencialmente devastadoras.

Se você tivesse um risco de 10% de perder a maior parte de sua riqueza, manteria a mesma carteira de investimentos? Para a grande maioria, a resposta seria um sonoro não. Você assumiria um seguro contra tal catástrofe.

Não podemos firmar um contrato de seguros com os habitantes de Marte contra o risco de que estejamos destruindo nosso lar planetário. Mas podemos reduzir os riscos. As incertezas climáticas dizem respeito ao futuro. Isso torna inescapável adotar uma taxa de desconto, para relacionar os custos (e os benefícios) ao longo do tempo.

Então, qual taxa de desconto deveria ser empregada? Sobre isso, Climate Shock coloca outro ponto crucial: não sabemos. Mas, acrescenta, a incerteza sugere que a taxa apropriada é provavelmente muito baixa. Convencionalmente, a taxa de desconto real é de 3% a 4%. Controvertidamente, lord Stern usou 1,4% na desbravadora análise sobre o aquecimento mundial que produziu para o governo britânico em 2006. Os números mais altos baseiam-­se em hipóteses sobre o custo de oportunidade do capital.

O valor mais baixo baseia­-se em suposições sobre o valor das vidas futuras (assumindo, com razão, que sejam semelhantes ao valor de nossa própria vida). Então, qual abordagem é correta? A resposta é: nenhuma. Ambos são excessivamente precisas. Os autores sugerem que o principal indutor de baixas taxas de desconto é a própria incerteza em torno da taxa de desconto correta.

Uma das razões é a incerteza sobre o futuro, independente das mudanças climáticas: nós não sabemos qual é o retorno sobre o capital no decurso de um século. Além disso, a taxa de desconto não pode ser independente do risco de uma mudança climática catastrófica. Talvez as gerações futuras não sejam muito mais ricas do que nós, exatamente por esse motivo. Crucialmente, observam eles, as pessoas atualmente compram títulos com rendimento zero em termos reais.

Elas fazem isso porque querem proteção contra estados catastróficos ou um mundo extremamente incerto ­ talvez um acidente muito pior do que em 2008. Com efeito, agora entendemos que isso explica em larga medida o enigma do prêmio de risco sobre o capital: o fato de que o retorno esperado de investimentos em ações é muitíssimo maior do que o de títulos seguros. Se as pessoas aceitam retornos super baixos como preço de um seguro contra catástrofes, então isso deveria também aplicar ao clima.

Assim, concluem os autores, a taxa de desconto adequada para projetos visando eliminar os riscos de cauda poderia ser muito baixa, talvez até mesmo negativa. Abordar a questão das alterações climáticas como um problema de seguro contra desastres é intelectualmente fecundo. Essa abordagem também fornece a resposta certa aos céticos. A questão não está naquilo que sabemos com certeza. A questão, em vez disso, é em que medida temos (ou podemos ter) certeza que nada de ruim vai acontecer. Tendo em vista o conhecimento científico, que está bem estabelecido, é impossível argumentar que sabemos que os riscos são pequenos. Assim sendo, agir faz sentido.

É a maneira certa de responder à natureza e à escala dos possíveis resultados desfavoráveis. Os autores sugerem que, no mínimo, o que precisamos fazer é impor, sobre as emissões de CO2 , um preço mundial de US$ 40 por tonelada (bem acima do praticado até mesmo no Sistema de Comercialização de Emissões da UE). Agora, porém, o custo real imposto às emissões está mais perto de menos US$ 15 por tonelada, devido aos vastos subsídios à energia de combustíveis fósseis, no valor de US$ 550 bilhões anuais.

Até agora, todas as conferências climáticas têm sido quase shakespearianas ­ histórias contadas por um idiota, cheias de som e fúria desprovidas de sentido. Então, poderia alguma coisa realmente mudar nossa trajetória? É cada vez mais evidente que a resposta tem que ser tecnológica. A humanidade não está disposta e, possivelmente, é simplesmente incapaz de superar os obstáculos políticos, econômicos e sociais a ações coletivas. Os custos, para as gerações atuais, parecem obstáculos quase intransponíveis. Por essa razão, esses custos precisam cair.

(Tradução de Sergio Blum)

Martin Wolf é editor e principal analista econômico do FT

Fonte: CQCS.

Prestação de Contas do mês de Março de 2015


Prestação de Contas

Uma gestão séria cumpre seus compromissos.

Assumir o Sindicato dos Corretores de Seguros por decisão da Justiça do Trabalho, isso em 11 de março deste ano e em pouco mais de 90 dias tornei público as contas do Sincor/PA do ano de 2014, janeiro, fevereiro e agora março deste ano. Isso é transparência.

Peço a atenção de todos para o repasse trimestral da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) que foi suspenso no mês de março. A informação que recebemos é que, o mesmo em quanto durar a intervenção da justiça no sindicato continuará suspenso, voltando a normalidade assim que fizermos novas eleições.

Certo de que as eleições estão já se aproximando, deixo claro a minha satisfação em estarmos no caminho correto para o melhor do nosso mercado.

Agradeço o apoio de todos e estou aberto ao diálogo.


Júnior Linhares.

Presidente Interino.